Inauguração sábado dia 22 de maio pelas 18h00

Foyer do Círculo Cultural Scalabitano

De regresso à atividade, a Galeria Círculo convidou Filipa Carmo a expor no foyer do Círculo Cultural Scalabitano, numa iniciativa integrada na Temporada da Primavera 2021.

A exposição engloba essencialmente o universo da sexualidade, da fertilidade, da relação do eu, do eu com o outro, em última análise, a catarse das emoções. A série «The Bag Holds The Oblivion» (2014-2016)  é um conjunto de 8 pinturas que recria uma história onde predomina a tristeza e solidão mas, também o humor e sarcasmo. O projecto trata o que resta de uma relação amorosa entre a mulher e um saco de plástico. Ao longo dos anos, o conceito inicial foi evoluído e sofrido significados sem semelhança aparente, em que a carga emocional associada a um relacionamento amoroso entre mulher e homem evoluiu para um relacionamento entre humano e o ventre comum a todos.
Já a série «(Society) Stitches Me» (2016-2017), é um auto-desafio explorando a espontaneidade em que a reflexão passa para segundo plano deixando o corpo fluir no presente e simplesmente criar. É o que me agrada chamar de um exercício de mindfulness. É dos projectos mais divertidos e surpreendentes que iniciei, especialmente porque a cada composição deparava-me com reflexos e críticas sociais que me deixavam sem compreender como seria possível tal resultado sem qualquer tipo de brainstorming.
É o subconsciente a gritar?

Filipa Carmo descrevia-se assim em 2020:

27 anos.
Acabei a licenciatura há seis anos.
Vendi cafés e Pastéis de Nata durante nove anos.
Rótulos em todo o lado.
Em mim também, claro.
Estou confusa, não sei se estão certos.
Sei que, não sou pintora, não sou fotógrafa,
e muito menos um modelo. Uso-me.
Sou um instrumento… da vontade.

Similar Posts