CORO DO CÍRCULO NA GALIZA

17 e 19 Julho 2018

O Coro do Círculo Cultural Scalabitano viajou até à Galiza entre os dias 17 e 19 de Julho, a convite do Coral Xuntanza de Covelo (Pontevedra). Esta iniciativa que contou com a participação de mais dois coros galegos, teve como finalidades principais proporcionar o intercâmbio cultural, a difusão, a integração, o incentivo, o desenvolvimento e o fortalecimento de laços entre grupos corais nacionais/internacionais e o público.

Crónica da viagem.

O Coro do Círculo Cultural Scalabitano viajou até à Galiza entre os dias 17 e 19 de Julho, a convite do Coral Xuntanza de Covelo (Pontevedra). Esta iniciativa que contou com a participação de mais dois coros galegos, teve como finalidades principais proporcionar o intercâmbio cultural, a difusão, a integração, o incentivo, o desenvolvimento e o fortalecimento de laços entre grupos corais nacionais/internacionais e o público.
Como nem só de música vive um corista, visitámos alguns locais nessa região, como a cidade de Tui e a sua catedral (belo exemplar da arquitectura religiosa românica e gótica) onde, aliás, conseguimos cantar (“off the record”) duas peças. A visita deste local foi acompanhada/guiada pelo nosso cicerone, o maestro Julío Dominguez. Situada na margem direita do rio Minho, a cidade de Tui é a principal fronteira entre a Galiza e o norte de Portugal.

A próxima paragem foi o Monte de Santa Tegra e o seu povoado fortificado pertencente à cultura castreja (século I a.C.), situado num local privilegiado na foz do rio Minho. Como foi visível no rosto dos escalabitanos, o monte tem ladeiras “muito pronunciadas”, com um domínio visual do contorno que fez dele, provavelmente, um lugar estratégico destacado para a implantação desse povoado. Após a visita ao local, traçámos novo azimute em direcção à cidade marítima de Baiona, onde fomos almoçar (quase jantar!!).

No dia 18 realizámos o nosso primeiro concerto, em Covelo. Foram cerca de 90 minutos de uma intensa viagem musical por vários estilos, épocas e autores, a capella ou com acompanhamento das nossas pianistas Maria Rodrigues e Inês Gomes. Depois de encantarmos a comunidade local, verificámos que esta nos tinha preparado uma surpresa “by night”. Tratava-se de um convívio na casa de um dos elementos do Coral Xuntanza que, por coincidência, ou NÃO!!!, localizava-se num local ermo … bem, creio que ermo não é a palavra mais adequada: trata-se de um local que qualquer satélite tem dificuldade em encontrar!!! Ainda por cima, o autocarro teve que ficar a meio caminho, o que nos levou a fazer uma caminhada à luz … das estrelas!! Mas acreditem, o céu estrelado visto da Galiza é magnífico!! Todavia, o melhor da Festa estava para vir: nuestros hermanos tiveram a atenção e amabilidade de prepararem um bailarico com música portuguesa!!! De José Cid a Mónica Sintra, passando por Quim Barreiros, o limite daquele vocalista parecia ser o céu! Pelo meio, fomos maravilhados com a recriação de um ritual galego: a queimada!!

Magnífico! Após bebermos dois alguidares de aguardente em chamas, lá continuou a farra, desta vez num nível muito mais acelerado (recordo-vos os dois alguidares …!). Como qualquer corista que se preze, a hora de chegada ao hotel foi efectuada por volta das 3 da manhã, se bem que alguns há que ainda hoje se perguntam como é que foram parar ao quarto!! No último dia, uma volta à feira local pela manhã (aqueles que não se lembram como foram parar ao quarto, ainda continuavam a dormir!), almoço no hotel e esperava-nos o XIV Festival de Verão de Covelo. À hora do espectáculo estava tudo recomposto, incluindo aqueles que não se lembram de ter ido parar ao quarto na noite anterior, ou aqueles que foram dormir para a banheira, vítimas dos “roncos” alheios. O Festival de Coros correu muito bem, sendo o Coro do CCS ovacionado de pé. No final deste Festival, qual seria o destino: mais um convívio!! Desta vez mais moderado, sem que, no entanto, deixasse de haver uma grande festa. Depois das despedidas o regresso a Santarém, esperando já uma nova aventura!

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