CINE-CÍRCULO

Projecto “Cine – Círculo”
sinopses – maio 2007
O Jardim das Delícias da Química
“O Jardim das Delícias da Química”, de Jorge Sá, 13′, 2006, drama. O filme fala-nos de um espaço de flores onde monstros e anjos se encontram. No momento em que os anjos fascinados pela magia dos monstros se deixam enfeitiçar são destruído na sua inocência. Este filme é o momento em que a inocência é contaminada pelo pesadelo e um anjo é tornado monstro.
BUBBLES, de Helena Lopes e Paulo Nuno Lopes, 61′, 2006, documentário.
Helena e Paulo andaram pelo Mundo, durante dez anos, a perguntar às pessoas se eram felizes. Interrogaram estudantes de uma universidade, um pastor do Nepal que acredita que a terra é plana, monges da Índia à procura da iluminação, uma mulher do Alentejo agarrada aos velhos tempos e pescadores de Aveiro que riam à custa de fintar o mar… Ao voltarem para os EUA encontraram quatro estudantes que se dedicavam a reinventar a vida e que os deixaram a pensar o que é que tinham andado a fazer estes anos todos.
PRETO E BRANCO, de José Carlos de Oliveira, 110′, 2003, drama.
Um Homem Branco , 46 anos, que nunca conheceu a Metrópole, nascido e criado em Moçambique, sargento na unidade de tropas especiais do exército colonial português.
Um Homem Negro, 27 anos, que não conheceu África, criado em Lisboa, finalista de engenharia no Instituto Superior Técnico, entusiasta dos ideais de esquerda.
Os dois encontram-se em Moçambique, em plena guerra colonial, quando o Homem Branco, na conclusão de uma operação especial no mato captura o Homem Negro, acabado de chegar a África como voluntário para a luta dos movimentos de libertação.
Por acidente, perdem a comunicação com o transporte que deveria recolher o sargento e encetam uma longa caminhada em território controlado pelos guerrilheiros do movimento de libertação, até ao aquartelamento da tropa colonial mais próximo.
Durante a caminhada encontram o terceiro elemento do triângulo: uma enfermeira do exército português, graduada em alferes, justificadamente perdida na mata.
A inversão das características destas personagens reflecte-se sobre as situações de conflito e dá um novo enquadramento à temática da guerra colonial portuguesa, e leva genericamente ao absurdo as razões de todas as guerras, do racismo e da posse da terra.
QUANDO TROVEJA, de Manuel Mozos, 92′, 1999, drama.
A relação de António e Ruth termina inesperadamente. Ruth vai viver com Pedro, o melhor amigo de António. António, desesperado, deixa-se esmagar pelas suas próprias fraquezas. Mas, do bosque, surgem dois estranhos seres, Violeta e Gaspar, que vão interferir na vida de António…
A SELVA, de Leonel Vieira , 105′, 2002, drama.
O filme A Selva, adaptado do romance homónimo de Ferreira de Castro, conta a história de Alberto, um jovem monárquico português refugiado no Brasil que vai trabalhar para a selva amazónica durante a febre do ouro negro. Ali, rodeado de perigos míticos, molda o seu carácter e conhece Dona Yá-Yá com quem mais tarde se envolve. Diogo Morgado e Maîte Proença dão corpo e alma aos protagonistas desta obra marcante da literatura portuguesa.